A categoria, representada pela Associação dos Motofretistas Autônomos do DF (Amae-DF), com o presidente Alessandro Sorriso e os diretores Eduardo Couto (Du Colt), Diego Dutra, Rodrigo e Joicinha, ameaça iniciar uma greve nacional a partir da próxima segunda-feira, caso não recebam propostas aceitáveis do governo federal e das empresas do setor, com destaque para a gigante iFood.
Diego Dutra, um dos representantes dos motoboys, alertou para a situação dramática enfrentada pela categoria, destacando a precarização das condições de trabalho e salários insuficientes que colocam suas vidas em risco. Além de melhores salários, os motoboys lutam por condições justas de trabalho, como flexibilidade de jornadas e direito a um dia de descanso semanal.
Os motoboys também criticam o atual modelo de distribuição de lucro das empresas do setor, considerando-o injusto. Eles propuseram um valor de R$ 35 por hora para a regulamentação do trabalho, que foi rejeitado pelos empregadores. Os motoboys argumentam que o valor fixo é essencial para garantir estabilidade financeira, assim como fazem os contratos com pizzarias.
A categoria expressa frustração em relação ao governo e às empresas, alegando que estão sendo empurrados para a beira do abismo. Caso não recebam uma proposta aceitável, eles planejam uma paralisação nacional a partir do dia 18 de setembro, com duração indeterminada.
Em resposta, o iFood informou que quem responde pelo setor é a Amobitec, representante das empresas do segmento. A Associação afirmou por meio de nota que respeita o direito de manifestação e destacou que apresentou propostas para a categoria, mantendo-se aberta ao diálogo.
O cenário atual demonstra a luta dos motoboys por melhores condições de trabalho e remuneração justa. Resta acompanhar como as empresas e o governo lidarão com essas demandas e como a categoria seguirá mobilizada em busca de seus direitos.
NOTA AMOBITEC
A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) respeita o direito de manifestação e informa que suas empresas associadas mantêm abertos seus canais de diálogo com motoristas e entregadores.
A entidade participa de forma construtiva do Grupo de Trabalho Tripartite criado pelo governo federal para debater a regulamentação do trabalho intermediado por plataformas digitais e vem apresentando diversos documentos e propostas desde o início das discussões, incluindo modelos de integração na Previdência Social e valores de ganhos mínimos.
As empresas associadas continuam abertas ao diálogo e à disposição das partes interessadas com o objetivo de criar um modelo regulatório equilibrado para o trabalho intermediado por plataformas digitais, que busque ampliar a proteção social dos profissionais e garantir a segurança jurídica da atividade.
Veja a reportagem completa em metropoles.com